Quando comecei a escrever esse humilde bloguinho, me apaixonei de uma forma tão intensa que não imaginei que fosse um dia fosse perder o gás de uma forma tão forte.
Como diria o velho deitado, o importante é ter em quem colocar a culpa, acho que tudo isso é culpa do Facebook. Pois vejo que eu não sou a única que deixou aqui de lado, foi sassaricar por lá e nunca mais voltou.
O problema é que lá eu até escrevo uma coisa e outra, mas num é como aqui, onde eu escrevia, explicava e sempre tinha a resposta e o carinho de alguém, mesmo que desconhecido.
Esse cantinho me permitiu conhecer pessoas incríveis, mesmo que ainda falte conhecer outras tantas. Me ajudou a trocar experiências, me ensinou a mudar de idéia, a olhar o mundo diferente e a ter esperança quando tudo que eu sentia era vontade de não fazer mais nada.
Lembro que durante o período obscuro é sofrido da minha gravidez foi o que me ajudou a não cair em depressão. Que pude dividir com amigos que nunca me viram momentos tristes e alegres. Sei que tem tanta gente mundo afora que sabe mais da vida da bebedocinha do que algumas pessoas da minha própria família.
Não vou me comprometer a escrever toda semana, pois essa era a média de postagens antes da crise, mas vou tentar não deixar tão cheio de teia de aranha.
Não tem pão francês na França
quinta-feira, julho 18, 2013
segunda-feira, janeiro 07, 2013
segunda-feira, dezembro 10, 2012
Cartinha
Papai noel,
sei que esse ano estou meio atrasada com minha não costumeira cartinha, no
entanto cheguei.
Além do blà
blà blà nosso de cada dia (saúde, sucesso, trabalho, ....) , que todos
queremos, precisamos e desejamos aos nosso queridos, vou pedir algo que nunca
imaginei querer nem precisar.
Outro dia
desses estava no ônibus (oh coidipobre, devia era pedir um carro isso sim)
voltando do trabalho, já era bem tarde e um garoto bem esquisito invocou
comigo, tentou forçar a barra para sentar o meu lado e quando fui descer ele
veio junto. Fiquei muito angustiada no momento, e mesmo com os avanços do
bizarro rapaz, achei mais seguro continuar dentro do ônibus. O motorista
entendeu bem o que estava acontecendo e ao ver que o perseguidor caminhava no
sentido contrario, gentilmente me deixou descer alguns metros depois. O tempo
que gastei para atravessar a rua foi suficiente para o estranho perceber e dar
meia volta. Nisso, como eu já havia ligado para o marido herói que foi ultra
eficiente, já estava chegando para me salvar.
Por isso,
querido Papai Noel, traga saúde, força nas pernas para o caso de precisar
correr, voz se for preciso gritar uma pistola elétrica (daquelas que podemos
dar choque logo em seguida) e uma grande lata de spray de pimenta. Lembre-se
papai Noel, que eu sou uma pessoa pacifica, contra violência, desde que não queiram
me sacanear, sacumé!!
terça-feira, outubro 23, 2012
sábado, outubro 13, 2012
Amanhã eu penso nisso
Tem dias que a unica opção é abaixar os braços. Parar de lutar e escolher outra estrategia.
E nesse dia, se você quiser chorar, chore muito. Tente ser discreta, afinal os outros não precisam ver seu desespero, muito menos sua tristeza. Afinal os que estão perto e se importam, podem estar sofrendo tanto quanto você.
Faça uma boa seleção musical, coloque no ipod. Espere todos irem dormir. Afaste um pouquinho os movéis, se o chão ou sapato forem barulhentos fique descalço e se morar em um lugar frio coloque meias.
Começe com dignidade. Use fones de ouvido caso precise. Escolha musicas dignas, dançantes, mas elegantes. Dance devagar, aumente o volume devagar, chore se for preciso.
Continue dançando. Não olhe para o relogio, nem para o espelho. Apenas dance.
Dance muito. Aumente o volume. Aumente a batida. Esqueça que existe dignidade e dance até aquelas musicas que você jura (inclusive para si mesmo) que prefere a morte ao invés daquilo.
Pode ser na sala, no quarto, no quintal, na cozinha. Não interessa.
Pode ser samba, rock, punk. Não importa, continue dançando. Pense, lembre, se envergonhe de você mesmo por não ter conseguido e continue dançando até chegar a um ponto onde ja não tenha mais lagrimas. Onde as musicas ja não estejam energicas o suficiente para acompanhar sua necessidade de extravazar. Dance. Vai chegar um momento onde ao inves de tristeza e raiva você vai començar a se divertir. Vai realmente ter coragem de colocar aquele funk pancadão e dançar do começo ao fim, mesmo que não tenha a menor ideia de como se dança aquilo.
Dance até chegar o ponto onde as pernas ja não estejam conseguindo manter o ritmo. Até o corpo ter ficado mais leve. Até sentir dentro de você que (ao menos naquele segundo) nada mais interessa e amanhã eu penso nisso. E não pare. Danse.
Mais do mesmo
Decepção,
Tirando o nò da garganta
quarta-feira, outubro 03, 2012
Na loja de produtos portugueses
Eu: Moça, quanto custa o guaranà em lata.
Ela: Sei não, espere ai. Zé quanto custa o guaranà em lata?
o Zé: Sei não. Maria quanto custa o guaranà em lata?
a Maria: Sei não. Para o que é?
o Zé: pra ela (no caso, eu).
a Maria: sei não, compra em garrafa, é mais barata.
o Zé: é verdade, é mais barato. Aqui ô, leva a garrafa. Quantas a senhora quer??
Mais do mesmo
Se eu conto ninguém acredita
quinta-feira, setembro 20, 2012
Bebedocinha
A foto sem foco é intencional. Sei que muita gente legal visita o blog, mas a internet se tranformou numa terra sem lei. |
Ontem ela completou 4 anos.
Quando acordei-a cedo ela disse que ainda estava "muito cheia de sono" e quando eu disse, "levanta, agora você ja tem 4 aninhos", deu uma pirueta e ja caiu em pé, dizendo "yes, eu tenho 4 anos. Sou uma menininha de 4 anos".
Se deixar come espagueti a bolonhesa (sem carne e sem molho) todo dia. Sabe que so pode beber bebida que tenha açucar aos domingos, e pergunta "hoje somos domingo" todo dia o dia todo. Adora ler antes de dormir, não gosta de roupa "feia" nem de cabelo preso, quanto mais fuà e volumoso melhor.
Ë fluente em português e em francês. Sabe com quem deve falar em cada idioma e fala mais que o homem da cobra. Gosta de tirar foto e principalmente de ser a fotografa, faz joia com as mãos, assim como todo brasileiro que se preze sabe fazer. Diz que é brasileira. Eu explico que ela é franco-brasileira ela diz que não. Mas fica toda feliz quando vê a bandeira da França (hasteada na porta de todo predio publico, inclusive na porta da escola dela) e diz "olha la, é da gente".
Adora musica, assiste os filmes da Tinkerbell o dia todo se deixar e adora cozinhar. Mas so come se o alimento produzido for do seu agrado (bolos de cenoura sem cobertura, pão de queijo, biscoitos, cookies e macarons).
Chama o pai de docinho, chora e não se conforma quando ele sai e todos os dias pergunta porque ele tem que trabalhar. As vezes pede pra ir trabalhar junto.
A mãe pode ir. Da tchau, manda beijo e vai.
Ë geniosa. Quando quer algo ela quer, porque quer, porque quer.
Gosta de brincar, é carinhosa. Conta a vida para a atendente da padaria, e para a do sacolão também.
Ajuda o pai a cultivar tomates, diz que o pé de tomates cereja é dela, ajuda a colher, mas na hora de come-los diz que são para mim.
Conta que quando era bebezinha comia salada e morangos (eu penso que deve ter sido na vida anterior, mas não discordo dela).
Diz que quando ela for grande e eu for uma bebezinha vai cuidar de mim, deixar eu andar no carro dela e me levar pra praia.
Enfim, como ela mesmo diz, uma menininha. Minha princesa.
quinta-feira, setembro 06, 2012
Banheiros e etc
Enquanto estavamos no Brasil, passamos por uma situação que me deixou bastante impressionada. Estavamos almoçando no shopping, Julia pediu para ir ao banheiro e o pai foi levar.
Terminei de comer, esperei, comi sobremesa, esperei mais um pouco e quando comecei a me preocupar, chega o marido quase verde. Ele entrou no banheiro feminino com a Julia, alguém viu e chamou o segurança "pois um homem estava dentro do banheiro das mulheres".
Eu não sei contar com detalhes o que aconteceu, so sei que demorou, mas arrumaram um escandalo, queriam chamar a policia e nada que o marido falava ajudava a consertar a coisa, e brigaram, e deram lição de moral, e quase conseguiram estragar nosso dia por nada.
Digo por nada pois, marido disse que antes de entrar no banheiro, pediu pra Julia entrar e olhar se não havia alguém trocando de roupa ou com a porta aberta, mas nada disso ajudou a resumir o mal-entendido (não faço ideia se escrevi mal-entendido certo).
O que me deixou com mais raiva, se é que da pra dividir a raiva em varias partes, foi o marido contar que so brigavam e ninguém dava uma solução, quando ele perguntava "o que voces querem que eu faça, deixo minha filha fazer xixi na roupa da proxima vez?", e so respondiam para chamar a mãe, ou alguma outra mulher que estivesse la perto.
Hoje me lembrei disso quando vi essa foto postada por uma amiga no facebook e voltei um pouco no tempo, quando cheguei aqui e sempre achava o maximo quando via homens empurrando carrinho de bebê, ou entrando no trocador do supermercado onde faziamos compras, que por sua vez era dentro do banheiro feminino e todos continuavam suas vidas normalmente. Não sei onde essa foto foi tirada, não consegui encontrar a fonte também, (se encontrar atualizo aqui) mas ver isso me da esperança, vejo uma luz no fim do tunel.
Sei que tem muito maluco por ai, homens realmente perturbados ou que querem mesmo sacanear e entram em banheiros femininos so pra chatear, mas gente, a situação do marido levando Bebedocinha no banheiro està muito longe disso.
Sei que não tem nada haver com o post e recordar é viver... Uma vez estava numa boate gay, no aniversario de um amigo, e sem saber entrei no banheiro masculino. Porém so fui saber que estava no lugar "errado" quando sai e vi a plaquinha na porta, foi naquele momento senti também uma liberdade imensa, afinal, mesmo o banheiro estando cheio de homens, talvez alguém se assustou ou achou ruim, mas ninguém me olhou de lado, ninguém me reprimiu ou me questionou.
Mais do mesmo
la e os milhares de Kms de distancia
quarta-feira, agosto 29, 2012
Descobrindo...
Essa semana estavamos fazendo compras, enquanto marido e bebedocinha faziam seu estoque de queijos, fiquei observando a (imensa) vitrine e pensando porque ainda não fotografei aquele mundareu de queijos.
Dizem que na França existe qualquer coisa entre 350 e 400 tipos de queijo, e aquela vitrine é a prova viva que isso é realmente verdade. Enquanto me divagava pensando que devo comer não mais que 5 ou 6 tipos, e que so devo ter experimentado uns 4 ou 7 (quantidade realmente pequena, também concordo) olhei e vi uma coisa diferente e tinha certeza de que aquilo era tudo menos queijo.
Perguntei pra menina o que era a tal "pâte de coing" mas ela não soube me responder, perguntou para sua outra colega que também não sabia explicar, mas acrescentou a frase magica: "dê um pedaço para ela experimentar, aproveite e experimente também"!
E foi assim que eu descobri a marmelada "made in France"! Se eu achar queijo (tipo) minas aqui o blog sera rebatizado de "tem queijo minas na França!
domingo, agosto 12, 2012
Do lado de cà
E continuando meu
blà blà blà ... Aqui as coisas às vezes são bem
complicadas também, ainda mais no meu caso que tenho um sotaque que chega 10
minutos adiantado. Tirando as situações desagradáveis que já passei até hoje, (quase)
nunca tive problemas com troca e devolução de mercadorias, por exemplo.
Comprou e por
qualquer que seja o motivo desistiu, troca e devolve sem dificuldade, desde que
esteja dentro do prazo. E quando por acaso essa opção não exista, de alguma
maneira ficamos sabendo. Normalmente alimentos e peças intimas não podem ser
devolvidos ou trocados, mas vem escrito na nota fiscal, ou tem alguma placa
perto do caixa.
Mas como eu disse,
nem tudo são flores, outro dia desses comprei um presente pro marido, ele num
gostou, fui lá devolver e eles só reembolsavam no cartão. Empinei a cabrita,
pois quando comprei perguntei a se devolvia/trocava, a resposta foi positiva e
havia pagado em dinheiro, queria ser reembolsada em dinheiro.
Falei com a
vendedora, com o responsável, com o gerente e nada. Fui embora, dois dias
depois marido voltou e devolveram. Em dinheiro.
Não tenho certeza,
mas acho que já contei aqui, que no final da gravidez, dois dias depois de ser
liberada dos quase 3 meses de repouso total e absoluto, fomos comemorar num
restaurante onde éramos clientes assíduos. O garçom queria nos colocar em uma
mesa no primeiro andar e quando pedimos se poderíamos ficar no téreo, pois eu não
podia subir escadas ele respondeu: “então num devia nem ter saído de casa”.
Por mais que
grande parte das situações as pessoas sejam legais, as vezes tem gente que simplesmente
ignora a Julia. Isso me deixa fritando de raiva. A gente educa, ensina, peleja
pra fazer algo direito nessa vida, ela chega toda serelepe e educada nos
lugares, cumprimenta as pessoas e nada de resposta. Essa semana fomos fazer
compras e na hora de passar no caixa, ela disparou a dizer bom dia e a mulher não
respondeu nada. Ela insistiu, insistiu, ai olhou pra mim sem entender a falta
de resposta, olhei pra ela mais sem resposta ainda, ela me chama pro segredinho
e diz: mamãe porque a moça não quer dizer bom dia? Digo que não sei e ela
completa cochichando, ela é muito mal educada.
Criancinha de 3
anos 1 x 0 Tia mal humorada.
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