Eu sou totalmente contra violencia, por varios motivos que não veem ao caso, mas sou.
Mas tem horas que eu sinto vontade de dar uns verdadeiros cascudos nuns cidadãos ai. Não é novidade pra ninguém que aqui eu tenho zero ajuda com a Bebedocinha. Somos eu e o papai docinho, papai docinho e eu. Tem uma senhora aqui perto de casa que cuida dela alguns dias da semana, mas meio periodo e nem todos os dias.
Isso quer dizer que fora dos horarios especificos e comerciais qualquer coisa que precisamos fazer devera ser em familia, sozinho ou deixar sem fazer. Lembram desse episodio aqui ne????
O que uma coisa tem haver com a outra??? Por varios motivos, mas vou dar 2 exemplos.
Um de dentro de casa. Minha irmã, que não trabalhava, não estudava, não é casada e so vivia por conta de festa, engravidou. No começo todo mundo brigou, criticou, ameaçou dar os cascudos, mas logo ja estavam ajudando. Com o enxoval, moveis, vitaminas, idas pro hospital, apoio moral e tal. Bebezinha nasce, todos (familia, vizinhos, amigos, colegas, pessoas proximas e até conhecidos nem tão proximos) ajudam.
Minha mãe passou uma carreira nela*, arrumou uma creche, um emprego e a vida continua. Continua cor de rosa, pois uma vizinha leva pra creche, ela so precisa buscar, outra vizinha fica com a bebezinha nos sabados, o padrinho fica na sexta-feira a noite pra ela ir pras festas, sei la quem fica pra ela dormir domingo a tarde e por ai vai.
Exemplo dois. Não conheço os personagens da historia, uma amiga que me contou, mas num é nada muito diferente do que ja estamos acostumados. Menina casa, dai 2 meses pai e mãe vai buscar porque o marido estava fazendo ela de saco de pancada, no mes seguinte volta pro marido pois descobriu que estava gravida, todo mundo arranca os cabelos, mas logo põe a mão na cabeça e ajuda e tals. Dai uns meses volta pai e mãe, carrega a filha, o bebé e as fraldas, pois o marido volta a esbofetear, dessa vez sem barriga, mas dai uns meses engravida de novo do marido batedor. Oi????
Gente, fala muito serio. Eu num desejo nada de muito grande não sabe. Alem de saude e animo pra continuar, nem penso na possibilidade de uma idinha no cinema, uma saida pra sacudir as pelancas (porque dançar é uma coisa que ficou num passado muito distante, esbelto e magro). Mas ter toda uma ajuda alheia dessas, não ter noção do quanto ela é enorme e ainda continuar vivendo no mundo de alice é muito abuso.
* Passar carreira é uma expressão do tempo de bisavò!
Mudando de pato pra ganso, cadé o calor heim?
Ah... Laura, Laura, Laura...
ResponderExcluirNão espere muitos comentários nesse seu post, não. A grande maioria não vai entender o que você quis dizer, e para outros muitos você será a Bruxa Má do Oeste.
Viver no "exterior" cria um falso glamour na cabeça das pessoas que continuam em nossa terra natal. Sei que muita gente acha que você e eu inventamos muito do que escrevemos nos nossos blogs. E nós, glamourosas, fazemos das tripas coração para que nosso blog não vire um anticoncepcional online. Ou coisa pior.
Sabe o que eu penso? Com todo esse perrengue que está a nossa vida hoje, em 20 anos olharemos para trás com a certeza de que fizemos TUDO o que tínhamos que fazer. Seguiremos orgulhosas, sem pulgas atrás da orelha nos dizendo que poderíamos ter feito mais. As pulgas estarão em orelhas alheias.
Viva o nosso cineminha anual, amiga! And be cool...
Bjs!
Laurinha minha amiga, eu te entendo perfeitamente. Viver fora do Brasil nao é facil, temos que nos virar em 3 e imagino voce com uma bebezinha. Mas por outro lado crescemos, coseguimos dar valor a certas coisas.
ResponderExcluirSinto um grande diferença na minha maneira de pensar e ver as coisas hoje em relaçao ha 10 anos.
Minha irma com 53 anos de idade ainda sente os reflexos "das passadas de mao na cabeça dos meus pais toda vez q ela errava.
Bjs
Laura,
ResponderExcluireu entendo o que você quer dizer. Mas cada vida é uma vida e nao podemos viver a vida dos outros. É triste, principalmente quando temos a sensacao que a ajuda nao é válida.
Para ter um tempinho livre e poder até tomar banho em paz rsrsrs eu arranjei uma baby-sitter. Primeiro ela vinha na minha casa e ficava brincando com minha filha aqui, pertinho de mim, daí eu fazia as unhas, lia algum livro, tirava um cochilo... depois quando a filhota se acostumou eu comecei a sair, meia hora, 1 hora, e assim aumentando o tempo, até que hoje meu marido e eu saímos à noite, sem nossa filhinha.
Temos agora 3 baby-sitters que podem se revezar em nos ajudar.
:-)
bjss
Lendo seu post pensei logo num famoso ditado: Deus dá nozes a quem não tem dentes.
ResponderExcluirQue situação chata a dessa moça... mas tem gente que precisa pastar mais vezes para aprender. Desculpa a sinceridade.
Tenho um amiga que tem dois filhos de pais diferentes, um menino de 11 anos (que o pai ajuda a sustentar) e uma menina de 2 anos (que tem um pai duro e molenga). Hj vive na casa dos pais de novo, e não entende pq eles a tratam tão mal (não que isso justifique ser maltratada).... tem pais que passam a mão na cabeça e tem os que perdem a paciência.
É aquela história, qdo a cabeça não pensa...
Olha penso a mesma coisa... tem gente que mecere apanhar e não é pouco não, assim fica bem fácil fazer filho, porque criar são outros quinhentos...
ResponderExcluirOw, mirmã.. Nem me diga... Pior que não se pode reclamar pra todo mundo que a gente ainda passa por rabugenta...
ResponderExcluirEu passo uma situação similar... obviamente não tenho filhos, mas é com minha mãe... mas enfim, não vou entrar em detalhes...
A questão é que nós que sabemos nos virar, as pessoas olham pra gente e pensam extamanente isso: "Ah, ela sabe se cuidar"... Ainda tem aqueles casos de quem não reclama da vida e tem ouvidos pra todo mundo, dái todo mundo acha que essa pessoa não tem problemas...
enfim... assim a vida segue..
Xerinho linda =*
Nossa Laura, te entendo totalmente. Sei o quanto é dificil pra gente que mora fora nao ter ajuda de ninguem e nem ter tempo para absolutamente nada. Para te falar a verdade depois que tive o Miguel sai uma vez a noite quando estava de ferias no Brasil. Agora com ele na escolinha consigo um tempo para arrumar a casa e cozinhar.:( E o pior é o tanto de gente que tem por ai que nao dá um pingo de valor para o que tem e abusa mesmo. Dá vontade dá uns coquinhos mesmo. rs
ResponderExcluirBeijos
Oi Laura so para te dar uma sugestao, aqui na França tem um site que se chama Bebe-nounou, nao sei se vc conhece, la vc pode colocar um anuncio para BBsitter ocasional.
ResponderExcluirPode ser que vc consiga ai na regiao que você more e assim te dar uma folguinha a mais, o que acho que as pessoas nao entendem é que aqui, você nao tem ajuda, de pai,mae do vizinho!! E é o que deixa a gente mais fula, quando escuta a historia dessa gente que tem tudo e nao da valor!
Bjkas
Laurinha,
ResponderExcluirTeu post, meio desabafo, entendi bem o que você quis dizer.
Nas entrelinhas podemos perceber o quanto a 'família brasileira' ainda ajuda, acoberta, facilita, se embola, se enrola e acaba tudo junto, mesmo às vezes brigando e reclamando.
A coisa por aí é mais dura, mas por outro lado, ajuda o indivíduo a se colocar melhor na vida, não ficar esperando que as coisas vão cair do céu e o jeito é botar a mão na massa, trabalhar e ser gente, com isso adquire acima de tudo o respeito por si próprio, coisa esta que não sei se uma guria como essas que você falou aqui, consegue em toda sua vida.
Sabe que gostei do tema! Tem muita reflexão social em cima dele. Legal!
beijinhos cariocas
Mas a gente so aprende a valorizar a ajuda da familia e amigos, qdo vc nao a tem mais! =/ no brasil as pessoas se viram e desviram e te ajudam. Aqui a gente esta meio que a merce de nos mesmos. Nem as familias sao tao prestativas assim...pelo menos nao na alemanha (excecoes existem, é claro). Esse é um dos meus maiores medos qdo tiver filhos...nao tem nem 1 viva alma pra ajudar. Mas a gente se vira nos 30 ;) bjs!
ResponderExcluirAh! Laura não é fácil mesmo. Criei minha filha sem o pai, mas tive muita ajuda da minha família.
ResponderExcluirLi a crítica do filme Olhos azuis e lembrei do que relatou aqui quando foi abordada no aeroporto fiquei com muita vontade de ver o filme...
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/filme+sobre+imigrantes+choca+plateia+nos+eua/n1237657803495.html
Laura, embora eu tenha ganho filho já na volta ao Brasil, passei muito trabalho também, por morar longe dos meus pais e não ter ajuda aqui. E o segundo veio 1 ano e 3 meses depois do primeiro, não havia fraldas descartáveis e eu não tinha máquina de lavar roupas. Às vezes tinha mais de 100 fraldas e chovia dia e noite no inverno. Não lembro quanto tempo fiquei sem sair de casa. Só depois que eles ficaram maiores eu deixava na casa da minha mãe, em outra cidade, pra poder viajar com o marido.
ResponderExcluirMas isso tudo nos dá maturidade e aprendizado. Deus não dá mais do que podemos carregar e o resultado vais ver quando eles crescerem.
Dançar, que eu adoro, sempre dancei em casa, sozinha ou com ele em qualquer lugar da casa, até hoje.
Bjim, cosquirídia e espero que possas resolver a contento.
Laura, imagino bem o que você passa aí, vendo as atribulações de sua mãe e não podendo dar apoio a ela. Mas sua mãe está certíssima em fazer sua irmã arcar com as consequências dos seus atos.
ResponderExcluirSó que, quando há criança no meio, a coisa é outra. Muitas vezes a gente tem vontade de "esfolar" o adulto, mas que culpa tem a criança? Pai e mãe que se prezam acabam ajudando, mais pelos netos que pelos filhos.
Quanto à moça que engravidou 2 vezes, mesmo apanhando, é um caso pior ainda, Deus nos livre!
Nada é melhor pra nós mesmos do que ter responsabilidade sobre todos os nossos atos. A vida fica menos pesada.
Acho muito sacrificante criar filhos sem nenhuma ajuda.
Imagina o que passa a Fabiana, com 3 meninos! Ela tem empregada fixa, mas são 3 crianças pra olhar! Agora ficam em meio período na escolinha e quando querem sair à noite, a ex-babá deles fica com eles.
Tomara que você arranje ajuda, mesmo que seja 1 noite por mês.
beijos!
Laura, vou contar uma coisinha pra vc... minha cunhada saiu da casa dela, se mudou de malas e cuias pra casa da mae pq nao da conta das coisas da casa e do meu sobrinho ao mesmo tempo... e ai maninha, o que a gente diz?
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