sexta-feira, junho 29, 2012

Olha o golpe #652

- Mamãe, estou com fome.
- Ja està pronto Julia, espera so esfriar.
- O que vamos comer?
- Almoço.
-Não. Não quero almoço, estou com fome de sorvete. 
-Sorvete é sobremesa, e so se comer tudo.
- Mas eu como todo o sorvete.

sábado, junho 23, 2012

Hoje

Hoje eu queria os (poucos) amigos que tenho perto. Mas perto aqui, do lado.

quinta-feira, junho 21, 2012

Thank you girls

Ah meninas, coisa boa saber que não estou so nessa vida, que se é pra sofrer, que soframos em grupo!! Adorei cada comentario, ja coloquei dicas em pratica e parei de me estressar um pouco. Logico que deixar a coisa correr solta não faz meu estilo, mas vou continuar com minha sopinhas que ja é qualquer coisa!!

Vim aqui postar sei la o que, respondi todos os comentarios de vocês, e esqueci o que queria postar. 

Enquanto o alemão (alzheimer) continua rondando, bora ouvir musica. Coloquei no ipod ha tempos e não tiro do repeat mais! Serio, devo ter ouvido umas 800 vezes, so na primeira semana! Logico que a essa altura, todos ja conhecem, mas bom!!



Tem que ouvir alto pra aproveitar todas a batidas da musica e querer sair dançando !

Gotye - somebody that i used to know! 



Serio mesmo que o video não fica direito na tela?? E olha que é tudo do mesmo 'proprietario' não? 

sexta-feira, junho 08, 2012

Essa eterna bomba relogio que é... ser mãe


Engraçado que ser mãe é se sentir numa eterna corda bamba. Desde muito antes de pensar em ter filhos, preocupações maternas sempre me rodeavam a mente. 

Medo de doenças, de possiveis necessidades especiais, de transtorno de comportamentos e etc, etc e muitos etceteras que por eles so ja fariam um post inteiro, com direito a ser dividido em vaaaaaaaarias partes.

Eu sou o exemplo perfeito da sofredora por antecedencia. Sofro, choro, agonizo sem nem saber o que (e se) vai acontecer.

Atualmente, um dos meus (muitos) medos, està se tornando real. Bebedocinha não come legumes nem frutas.

Recusa sem a menor solenidade. Diz não numa boa, e não importa quem ofereça, dê, ameace. 

Desde bebezinha, 6 pequeninos meses a coisa é amarrada. Eu achei que com o tempo fosse melhorar, que me vendo comer (quase) de tudo, passaria a comer também, ou que ao menos experimentasse e um legume, verdura ou fruta desceria mais redondo, mas não, not, non, nicht, しない (não em japonês) neca de pitibiriba (não na giria do sertão).

E isso, além de me desestruturar completamente, me corta o coração, afinal, grande parte das vitaminas necessarias para o crescimento e bom desenvolvimento està nos legumes e frutas. Não que isso seja garantia de sucesso, afinal hoje em dia, nada é garantia de sucesso. Mas tirando a maçã e a batata (sim, eu sei que batata não é legume) de resto ela não come mais nada. 

Ai fui levando a passos moles, faço sopas (mixadas, que no Brasil chamamos mais de caldo ou creme) e jogo todo legume que consigo fazer caber dentro da panela, e com um pouco de esforço, jogo de cintura e muuuuuuuita paciencia, ela (depois de 2 horas na frente do prato) come. 

Ai você, leitora e leitor amigo, me diz, 'mas a sopa com toooooooodos os legumes ja està de muito bom tamanho'.

Eu, ha alguns meses atras responderia que sim, porém, contudo, entretanto e todavia, tenho que responder que jà esteve de bom tamanho. Porque agora na escola, ela fica sem comer praticamente todos os dias. 

O cardapio é variado, cheio de legumes, com uma grande frequencia de frutas na sobremesa, que ela deixa tudo de lado. E diferente do Brasil que temos o arroz e o feijão como base, aqui é diferente, por exemplo, hoje o almoço na escola foi carne assada com gratinado de abobrinha. Salada de frutas como sobremesa. Segunda foi picadinho de frango com abacaxi e vagem. Adivinha o que ela comeu? Adivinha o que ela largou no prato? 

Come so a carne e o resto so quando tem  batata ou macarrão e pronto. Quando termina a aula, as 16:30, sai parecendo que matou o pai na caroça e sai louca de fome. Ou seja, dinheiro (muito por sinal, porque é caro pacas) jogado fora e ela correndo risco até de adoecer. A esse respeito eu poderia continuar a contar meu flagelo por mais muitas linhas, mas xà-prà-là.


Tem a filha de uma amiga que é boa de garfo e gente, e quando eu falo que é boa de garfo, visualiza uma menina de 6 anos, que pega um prato e come tudo, sem reclamar, sem deixar o brocolis de lado, sem fazer careta pro repolho, que no meio da refeição vira e te diz: "-Ôh tia, mas você não vai comer a abobora não? é muito bom" (com uma entonação que te faz querer abrir um buraco na terra para enfiar a cara de vergonha. Sim, sou eu que não gosto de abobora, mas apartir desse dia quando sou convidada para comer na casa de alguém me obrigo a comer tudo, mesmo que tenha que prender a respiração para conseguir engolir, até abobora).


Na rodada da tarde pega um tomate, ou uma cenoura e come cru. Fruta to-dos os dias. Dei um ovo de pascoa e semanas depois quando voltei, estava la fechadinho. Depois fiquei sabendo que ela ainda nem tinha acabado o que havia ganhado dos pais. 

Ai conversando com a mãe, que logico, como toda mãe sofre por alguma razão, como ela conseguiu esse prodigio, e a resposta so me deu tristeza: "uma chinelada e uma colherada. Num abria a boca pra comer, levava um tabefe, a hora que abria a boca pra chorar enfiava comida goela abaixo".  


Gente, pensa nessa pessoa que vos escreve, o tamanho da minha infelicidade quando ouvi isso. Acredito que cada um faz o que quer, cada um educa, ensina, adestra como achar que deve, mas pra mim essa não é uma opção. Para mim a hora de comer deve ser um momento de paz. 

Jà vi gente que usa o sistema de presentinhos. Comeu ganha presente, não comeu fica sem. Ja tentei, mesmo que isso và contra meus principios, pois acho que isso estimula um comportamento que pode se tornar muito perigoso, mas sem resultados realmente concretos. 

Ja tentei o 'come agora ou come a mesma coisa depois'. Mas ai ela passou varias tardes toda olhando pro pratinho de morangos/banana/manga/abacaxi/melancia [insira sua fruta favorita], ignorando sem uma gota de constrangimento e pedindo pão/bolacha/bolo/iogurte, nos duas sofrendo com essa guerrinha de nervos e ao final eu cedi, pois por diversas vezes ela chegou até a experimentar, mas as vezes fez até vomito. 


Além de um grande desabafo esse post é também um pedido de socorro. Primeiro porque a mãe é sempre a culpada (to querendo mais essa culpa não), segundo porque a mãe é sempre a culpada e terceiro porque a mãe é sempre....

Sei que muita gente le e não comenta, mesmo sabendo que eu fico aqui a espera dos recadinhos de vocês, por isso aceito todas a sugestões. 

Comentem, mandem emails, cartas, telefones, anuncio no jornal, sinal de fumaça, pombo correio!!