quarta-feira, agosto 29, 2012

Descobrindo...


Essa semana estavamos fazendo compras,  enquanto marido e bebedocinha faziam seu estoque de queijos, fiquei observando a (imensa) vitrine e pensando porque ainda não fotografei aquele mundareu de queijos. 

Dizem que na França existe qualquer coisa entre 350 e 400 tipos de queijo, e aquela vitrine é a prova viva que isso é realmente verdade. Enquanto me divagava pensando que devo comer não mais que 5 ou 6 tipos, e que so devo ter experimentado uns 4 ou 7 (quantidade realmente pequena, também concordo) olhei e vi uma coisa diferente e tinha certeza de que aquilo era tudo menos queijo.

Perguntei pra menina o que era a tal "pâte de coing" mas ela não soube me responder, perguntou para sua outra colega que também não sabia explicar, mas acrescentou a frase magica: "dê um pedaço para ela experimentar, aproveite e experimente também"!

E foi assim que eu descobri a marmelada "made in France"! Se eu achar queijo (tipo) minas aqui o blog sera rebatizado de "tem queijo minas na França!

domingo, agosto 12, 2012

Do lado de cà


E continuando meu blà blà blà ... Aqui as coisas às vezes são bem complicadas também, ainda mais no meu caso que tenho um sotaque que chega 10 minutos adiantado. Tirando as situações desagradáveis que já passei até hoje, (quase) nunca tive problemas com troca e devolução de mercadorias, por exemplo.

Comprou e por qualquer que seja o motivo desistiu, troca e devolve sem dificuldade, desde que esteja dentro do prazo. E quando por acaso essa opção não exista, de alguma maneira ficamos sabendo. Normalmente alimentos e peças intimas não podem ser devolvidos ou trocados, mas vem escrito na nota fiscal, ou tem alguma placa perto do caixa.

Mas como eu disse, nem tudo são flores, outro dia desses comprei um presente pro marido, ele num gostou, fui lá devolver e eles só reembolsavam no cartão. Empinei a cabrita, pois quando comprei perguntei a se devolvia/trocava, a resposta foi positiva e havia pagado em dinheiro, queria ser reembolsada em dinheiro.

Falei com a vendedora, com o responsável, com o gerente e nada. Fui embora, dois dias depois marido voltou e devolveram. Em dinheiro.

Não tenho certeza, mas acho que já contei aqui, que no final da gravidez, dois dias depois de ser liberada dos quase 3 meses de repouso total e absoluto, fomos comemorar num restaurante onde éramos clientes assíduos. O garçom queria nos colocar em uma mesa no primeiro andar e quando pedimos se poderíamos ficar no téreo, pois eu não podia subir escadas ele respondeu: “então num devia nem ter saído de casa”.

Por mais que grande parte das situações as pessoas sejam legais, as vezes tem gente que simplesmente ignora a Julia. Isso me deixa fritando de raiva. A gente educa, ensina, peleja pra fazer algo direito nessa vida, ela chega toda serelepe e educada nos lugares, cumprimenta as pessoas e nada de resposta. Essa semana fomos fazer compras e na hora de passar no caixa, ela disparou a dizer bom dia e a mulher não respondeu nada. Ela insistiu, insistiu, ai olhou pra mim sem entender a falta de resposta, olhei pra ela mais sem resposta ainda, ela me chama pro segredinho e diz: mamãe porque a moça não quer dizer bom dia? Digo que não sei e ela completa cochichando, ela é muito mal educada.

Criancinha de 3 anos 1 x 0 Tia mal humorada.

quarta-feira, agosto 08, 2012

Diferenças


Desde o inicio do blog, eu sempre tive vontade de fazer post a respeito das (tantas) diferenças entre o Brasil e a França. Porém cada vez que eu ameaçava escrever sobre, vinha um e lascava a pérola: “brasileiro é tudo igual, num se conforma com nada nunca”, “se ta ruim volta pro seu país” e tantas outras, que xàpràlà.

Mas, tem dias que a lingua coça, os dedos formigam... Então la vou eu.

Enquanto estava no Brasil, uma coisa que percebi que estamos longe de conseguir é ser profissionais. Não quero entrar no porque da coisa, só comentar o que aconteceu.

Fui numa loja dos chinelos conhecidos no mundo todo, comprei chinelos pra mim, pro marido, pra Julia, pros amigos, enfim, uns trocentos pares. Dois dias depois uma amiga deu um par de presente pro marido, igual a um que ele tinha, detalhe, comprado na mesma loja.

Como já não precisaria de chinelo para o próximo século, tinha a nota fiscal, não havia sido usado, pensei: devolvo e pronto.

Ah minha gente, que bobagem.

Para começar devolver mercadoria simplesmente não existe no Brasil né? Pior que isso, é a maneira que fui tratada por ao menos pensar na possibilidade de querer tal coisa. E ainda (se é que é possível) mais triste, a linguagem, a maneira da vendedora se expressar “nunca na vida que fazemos devolução de mercadoria”, “minha gerente vai cag@r na minha cara se  chegar aqui e ver que eu fiz isso”, e por ai foi, tão de mal a pior que  antes mesmo de pensar 'cadê o Procon'  fiquei com tanta raiva que só queria sair correndo da loja e jogar o chinelo fora.

E eu percebo que a coisa vai degringolando, essa semana precisei ligar pro atendimento da antiga universidade onde eu estudava (renomada, cara, com processo de selação para contratação dos funcionarios) e quase morri de catapora.  “Pera ai um minutinho”, “eu vou estar te transferindo”, “tchau tchau” (quase uma Xuxa né?)