segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Mais do paozinho

Estamos vivas ! Só que com preguiça danada de digitar pra poder postar.
No post abaixo eu comentei de uma das principais coisas que afeta todo mundo que muda de país, a questão cultural relacionada a alimentação.
Eu penso que quando alguém muda de país já sabe que vai encontrar as diferenças. Pode ser que não faça a menor idéia de quais diferenças, mas sabe que sabe que vai acontecer.
Quando eu cheguei aqui tentei (e não consegui) olhar e encarar tudo sem preconceitos. Mas isso é impossível. Principalmente quando se trata da pessoa que escreve. Sou implicante, teimosa, resistente e o pior de tudo, quero sempre ter a razão, quero sempre estar certa e dar a ultima palavra.
Mas, isso não resolve nada, num acrescenta nada e muito menos facilita a vida. Pra mim uma coisa que foi muito difícil de administrar foi a alimentação.
Tudo era ruim. Comer em restaurante era uma tortura, fazer comida em casa era pior ainda. Primeiro que eu sempre errava na escolha. Segundo que quando o universo contribuía para que eu escolhesse certo, a carne vinha malpassada, ou crua mesmo. Se eu pedisse bem passada vinha passada demais, pra num dizer queimada.
E tudo com o tempero mínimo. Pro meu paladar então era tudo sem sal.
Fazer em casa. Poderia ser a solução, mas até o sal tinha um gosto diferente. Pra num falar da água, dos ingredientes, das panelas, da cozinheira. Sim, pois eu devo ter tido um derrame na parte do cérebro onde ficava minhas memórias culinárias, pois só isso explica a quantidade de coisa que saia errado e ia pra lista dos não comestíveis.
Eu sempre gostei muito de cozinhar. Desde pititinha eu adorava chatear minha mãe pra aprender, pra ajudar, pra fazer. Minha primeira grande arte foi aos quatro anos de idade tentar fazer um bolo surpresa pra quando minha mãe acordasse. E sim, ela se surpreendeu e me surpreendeu uma chinelada (num doía, o chinelo era de plástico, mas surpreendia que só).
Mas o que eu queria falar nem era nada disso. Por mais teimosa que uma pessoa possa ser, uma hora navegar é preciso e quando a gente percebe já aprendeu a comer o pãozinho com a comida (durante sim, depois não – mas eu num sei porque sinto que quando eu perceber estarei nessa, ai eu conto como foi, heheheh), aprende a usar o que tem aqui, descobre coisas, começa a encontrar os cantinhos obscuros do supermercado e quando vê faz o achado do ano – mandioca, sim porque até então era numa loja de produtos antilhanos super longe e era a mandioca mais cara do oeste.
Só falta entrar em acordo com o fogão, pois ainda continuo errando algumas coisas que fazia quase que de olhos fechados quando morava no Brasil e por mais que errava algo dava pra aproveitar.
E pra ficar bom, tem uma loja de produtos portugueses aqui que mudou de dono. Deram uma arribada na loja (coisa boa é gente boa de serviço né) e agora tem guaraná, goiabada, polvilho doce, fubá, risole pra fritar e se num me falha a cuca tem uma ou duas marcas de cerveja brasileira, mas como estou amamentando prefiro não pensar nisso por enquanto.
Uma amiga me mandou esse video pra que eu possa visualizar meu futuro quando a Bebedocinha começar a falar!!!!! Eu adorei, so preciso saber onde é o botão de desligar.
Se não conseguir ver aqui pode clicar e ver aqui.

7 comentários:

  1. Tô sentindo que com o decorrer dotempo por aí, sua adaptação está crescendo. É assim mesmo!
    Sorte sua em ter esta lojinha quebra-galho por aí, só falta o pão de queijo, né!?

    Mas, o vídeo é de morrer de rir!
    Que gracinha a menina, parece até uma daquelas muçulmanas das Arábias quando começam a falar. Ri móoooooito!

    bjs cariocas

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  2. ahahaha.. q lindaaaa!!!!

    compra um babador, vc e/ou o marido vão precisar na ocasião em que a bebedocinha estiver fazendo coisas desse tipo... hahahaha

    =*

    Bjoka

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  3. Oi Laura,

    Obrigada pela visita e pelo carinho...

    Realmente no quesito comida, aqui na França é dificil. Eles gostam de carne mal passada, quase crua, eu de carne bem passada, bem morta. Eu adoro azeite de oliva para cozinhar por ter morado anos na Espanha e eles usam manteiga ou oleo de colza...E por ai vai...

    Um dia a gente acostuma...

    Beijos nas duas...

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  4. Oi Laura!
    Oi Cristina, é pior que acostumar, un dia acaba é gostando!
    E aí, fizeram crepes e tomaram cidra pela Chandeleur?
    Eu amoooo crepes com cidra.

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  5. nossa ela fala viuuu kkkkk
    sim frouuu vá testando tudo eu planejei tudo pra não ter dor de cabeça bjusssssss

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  6. Marido que faz crepe! Que maravilha! O meu só come... (mas a gente se diverte mesmo assim, né?)

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  7. Mana se alguém tivesse me contado desse video eu nao tinha acreditado... que coisa FOFA!!!

    Olha Laura, acho que o mais importante nisso tudo é vc reconhecer que é preconceito, implicancia, resistencia... e que por mais que o azul seja bonito, vermelho tb é!!! Reconhecer essas coisas já é um grande paco para "a cura"

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