quinta-feira, abril 17, 2008

A Tarde do Meu Casamento. Salão, Casa de Noivas.....

Vou me ater, pelo menos tentar, contar apenas o dia do casamento.
O celular começou tocando bem cedo, pra deixar claro que iria gritar o dia todo. Era a moça do salão onde eu me arrumaria adiantando meu horário em meia hora. A questão era que eu já havia me programado e essa meia horinha fazia parte do tempo de sono e eu já tinha “gastado” ela dormindo.
Ou seja: a depilação foi pro sal. O Docinho já estava sem lugar desde o início da semana, pois o que ele ficaria fazendo a tarde toda. Compramos um chip local pro celular dele, para nos comunicarmos e ele ir buscar os amigos quando chegassem, pois eles tinham somente o meu número. Fizemos algumas outras coisas que eu não me lembro o que, e quando vi já passava da hora de ir pro salão.
Correria total. Almoço as pressas, bolsa organizada as pressas, lanche esquecido (vai saber se esse povo de salão da uma bolachinha pra gente num morrer de fome), dinheiro pra pagar o salão também esquecido é ate então sem a menor noção de quem iria me levar do salão pra casa de noivas e de lá pra igreja.
Três da tarde, eu lá no meio de algum daqueles procedimentos de beleza, que nem faço idéia de qual, pois eu normalmente não vou a salão fazer nada, depois conto o motivo, me ligam da igreja pra saber o telefone da decoradora pois até então ela não havia aparecido e eles fechavam lá as 5 horas.
- Eu mato ela, eu sabia, o Docinho falou pra procurar outra!
- Calma você não pode ficar estressada!
- Eu não estou estressada, só estou com meu lado negativo totalmente aflorado, com uma crescente vontade de cometer um “decoricídio” (homicídio de decoradora).
- Mas você não pode ficar nervosa!
- Mas eu só quero matar ela!
- Respira, nos vamos ligar pra ela e tudo vai dar certo!
Nisso o celular já explodindo de outra ligação. Os amigos do Docinho avisando que chegaram à cidade.
- Salut......bonjour...... ça va...... ( aperto a tecla SAP e vamos direto pra tradução simultânea)
- Onde você estão?
- Não sei, vou ver e te ligo de novo.
2 min depois.
- Estamos numa rua grande, movimentada.....
Faço cara de “paisagem” e lembro do conselho acima: RESPIRA.
- Tem algo na rua, alguma loja grande, alguma placa?
- Ah, vou procurar.
- Eu espero! (com duplo sentido)
- Estamos na Avenida X entre o Carrefour e o McDonald’s.
- De mais uma olhadinha e me fala exatamente em frente onde. (Impossível estar entre os dois lugares).
- Entre o hotel Y e o McDonald’s.
- Tudo bem, vou ligar pro Docinho e ele já chega ai.
2 horas depois, depois de umas 30 ligações eu-Docinho, Docinho-eu e umas 30 tentativas pro amigo, consigo falar com o amigo francês que tenta arranhar o português, pois até então não havia sido encontrado, descubro que ele está dentro do hotel Y.
Graças a Deus esqueci da decoradora, mesmo porque já tinha até passado de hora da igreja fechar, mas meu subconsciente me lembrava que ela ia aprontar.
Eram 6 da tarde fui liberada pra ir pra casa de noivas, olhava no espelho e não me reconhecia, mas me sentia bonita. E se alguém fizer algum comentario do tipo: toda noiva é bonita... eu mato.
Meu tio quem foi me buscar. Mesmo grávida de 3 meses, barriga eu quase não tenho, mas seios... Me sinto a própria siliconada. O vestido não ficou exatamente o que eu esperava, mas a essa altura dos acontecimentos, estava tudo bem.
No meio da sessão de fotos, começo a enjoar por conta do cheiro do buquê, quando escolhi a vaca da decoradora não me lembrou da flor exalar tanto cheiro. Pausa. Fotógrafo 1, fotógrafo 2, mocinha do flash, todos sentados esperando a noiva mamãe comer e fazer o gosto do Docinho Baby, que estava amando ou odiando tudo aquilo.
Ao contrário do que eu programei cheguei um pouco atrasada, tentei o máximo que pude ser pontual.
Depois eu conto daí pra frente, vou ter que fazer o gosto do Docinho Baby e levantar um pouco, pois ficar sentada por muito tempo já não anda sendo tão agradável.

Um comentário:

  1. Naooooo querida, nem toda noiva é bonita. Tu precisavas ver minha cara!!!

    Tem mais fotos??

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