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sexta-feira, maio 18, 2012

Angustia

Aqueles 3 segundos (quase infinitos) entre o momento em que se ouve o filho gritando no quarto e o tempo de se chegar la e entender que é um pesadelo. 

O coração para de bater e so depois de algumas horas volta pro lugar.


Ouvindo e segurando muito pra não morrer de chorar.


terça-feira, dezembro 22, 2009

sábado, dezembro 27, 2008

Foi assim - fim

Ai, a metade do povo chegou. Eu no quarto "tomando um banho" com os lenços umedecidos da Bebedocinha (meu Jesus, a que ponto chega uma pessoa). O que minha mãe vai pensar de mim se ler isso???? Mas fiz uma maquiagenzinha e desconfio eu que ninguém notou nada.
Democraticamente o combinado era que o casal 1 trouxesse os peticos e a sobremesa, o casal 2 a entrada.
Nem me preocupei com isso pois a amiga 1 é francesa autêntica, tão adepta do faça você mesmo, que faz geleia, conservas, chantilly e até sorvete em casa. E eu esperando uns canapezinhos, uns bolinhos de qualquer coisa, umas friturinhas de massa foleada, chego na cozinha, ela com dois sacos de batatas chips e um kilo de amendoim (sim, um kilo). Oi.. isso eu tenho aqui em casa é so abrir o armàrio e eles pulam de là de dentro.
Ah, deixa isso pra là, vem prà cà o que é que tem..... Afinal, é natal!!
Bebedocinha, mais parecia um pacotinho de eletrons bebedores de red bull de tanta energia, sai do quarto comigo, presenteia todos com um imenso e lindo sorriso, e dorme. Sim, exatamente nesta ordem e velocidade.
Onze e vinte quando o casal 2 aparecem, ficaram responsàveis pela entrada. A amiga 2 é a chique. As roupas são chiques, os sapatos chiques, ocabelo chique, carro chique, até a sacola de feira que ela trouxe é chique. Pena que o desconfiômetro està precisando de um banho de finesse, pois a tal sacola top chegou com os ingredientes sem nada pronto. Eu pessoa morta e desentendida apresentei ela pro fogão e pras panelas.
Tudo muito bem, animado, divertido, deu meia-noite, brindamos, desejamos feliz-natal.... O amigo não-cristão havia antes tido uma pequena e bem explicada aula sobre o que era o natal, o significado e tal, levanta da mesa tropeça e quase se estabaca no chão. Prefiro pensar que foi um grande descuido dele e não culpa dos meus raios lançados apòs uma piada de muito mal-gosto relacionando Jesus e atraso no jantar.
Entrada... jantar... sobremesa.... a coisa toda terminou jà eram 3 horas.... Hora nenhuma eu fiquei comparando a diferença daqui e do Brasil, não fiquei lamentando estar distante, nada disso.
Mas que esteve longe de ser um dia e uma noite fàceis, isso foi.
Fica aqui uma foto do tapete com mobile que Bebedocinha ganhou... mas não pense que a gambiarra, o pequeno ajuste temporário, não teve sua utilidade. Bebedocinha jà tenta e consegue puxar os brinquedinhos que eu pendurei (que não sairam na foto), ja coloca alguns na boca e agora tenta o mesmo com o mobile novo.
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quinta-feira, dezembro 25, 2008

O dia seguinte

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Hoje eu sò tenho uma coisa pra dizer:
Afim de evitar frescuras agudas e chatices extremas, homens deveriam ser proibidos por lei de ficarem doentes.
Amanhã eu volto pra contar como foi a ceia (se é que posso assim denominar).

sábado, dezembro 06, 2008

Ela se foi

Arruma, organiza, confirma passagem. Eu sabia que muito ràpido chegaria a hora dela voltar.
Preferi e consegui não pensar nisso até ontem. Mas demorei a dormir pensando que hoje ela realmente iria.
Foram dois meses e meio de tranquilidade, carinho, troca de experiências e matando uma saudade que estava bem grande.
Bebedocinha descobrindo o mundo, eu aprendendo a ser mãe, o marido aprendendo a ser pai, e minha mãe se deliciando em ser avò da pessoinha mais importante e de nossas vidas.
O dia sò não foi mais normal pelo insistente nò na minha garganta, mas como todos os outros dias Bebedocinha nos acorda, mama, vai pro colinho da vovò com um sorriso bem grande como forma de dizer bom dia. Emite sons como se estivesse realmente conversando e contando pra vovò como foi a noite.
Mexe daqui, arruma dali e finalmente chega a hora de irmos pro aeroporto. Meus olhos se enchem de agua, faço tudo pra que não me vejam assim, pois agora tenho que ser forte. Bebedocinha choraminha um choro sentido pois se não sabe o que se passa, entende que algo està diferente.
Malas fechadas, estrada com a quantidade normal de carros, dia nublado, mas não muito frio. Aeroporto, check-in, pequeno bate papo e a fatìdica ùltima chamada.
Realmente preciso mesmo aprender que agora mais que ser forte preciso aparentar isso, pois Bebedocinha é sim emotiva e muito sentimental.
Vovò chega pra dar beijo e dizer tchau, mas não é possìvel, pois o mesmo chorinho sentido começa novamente. Eu mesmo fazendo muita força não consigo dizer todos os obrigados que queria. Mas existem pessoas que não precisamos dizer nada, quando eu morava dentro da barriga dela nos comunicavamos muito, ela falava e eu respondia....
A mal-sucedida despedida de hoje percebi que temos muito em comum, pois quando minha barriga era a casa da Bebedocinha nossa comunicação era do mesmo jeito.
Ao invés de finalizar esse desabafo com um "estou estamos bem", vou "profetizar" aqui um relacionamento duradouro de muita confiança e amizade com minha filha, pois desde o começo era assim e aqui de fora, continuarà.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Tudo MUITO cor de rosa!!!!

=)
Estou passando para agradecer o carinho de todas vocês!! Foi tão bom abrir o blog e ver tanto recadinho!!!!
A casinha de Doces està em ritmo de novidade... tudo gira em torno da Bebedocinha.... estamos simplesmente apaixonados por ela. Eu sei que é o maior clichê mãe dizer essas coisas, mas ela é linda, fofa, toda cor de rosa e tranquila todo tanto.
Nasceu tão rapidinho que quando eu olhei aquela coisa pititinha nos meus braços nem pude acreditar que jà era ela.
Fomos para o hospital por volta de 4 da tarde.... as 5 a sage-femme pediu que fossemos caminhar um pouco, pois as contrações estavam irregulares e a cabeçinha dela havia subido um pouco. Gastei 40 minutos para percorrer 100 metros e quando voltei ja me levaram para a sala de parto.
O anestesista não demorou e depois disso eu nem vi o tempo passar.... A sage-femme ligou para a dôtora terrorista, mas começou ela mesma o procedimento. Pediu que eu fizesse força 6 vezes e quando me dei conta jà estava com ela nos meus braços.
Fizemos o que aqui eles chamam de peau la peau (pele a pele), depois que o bebê nasce eles não lavam, deixam no colo da mãe por 2 horas... o que pra mim foi o céu de chocolate, pois fiquei la namorando ela. Pesaram, mediram, vestiram roupinha e ainda nos deixaram pertinho por mais algumas horas. So depois que a enfermeira sugeriu que eu a deixasse na maternidade para dormir um pouco.
Quem jà deu uma lidinha no blog sabe que o meu relacionamento com a médica não foi dos melhores, e sinceramente, agora posso afirmar que o problema é pessoal. Eu sei que não sou a pessoa mais simpàtica do mundo, mas definitamente ela nem de longe tentou ser. Digo isso pois tenho mil elogios a TODAS as sage-femmes que cuidaram de nos nesses dias, poderia ficar aqui por horas pra contar detalhes, mas resumo em dizer que esses 4 dias no hospital me compensaram por todos os 9 meses de "atendimento" falho.
Estamos todos bem graças a Deus.... agora tem uma coisinha MUITO fofa ali choramingando e como a barriguinha està cheia, a fralda tà limpinha, não està com dor eu sei que é charminho.... e eu vou ali alimentar a manha dela!
Logo logo coloco mais fotinhas!

segunda-feira, setembro 22, 2008

Olá leitores da Laura... aqui é Ciça, a égua cor-de-rosa... e é com muita honra e o coração cheio de alegria que venho trazer as boas novas em cor-de-rosa.

Nasceu no último dia 19 de setembro pouco antes das 10 da noite

JULIA MORGANA

vulgo, Bebedocinha. Veio ao mundo contrariando todos os diagnostico em um maravilhoso e rápido parto normal, (vai lá e esfrega a bacia na cara da médica agora) pesando 3.350kg e medindo 50 cm... (égua, onde essa menina tava escondida?).

Falei com a Laura agora a pouco e ela está explodindo de felicidades. Ela disse ter sido tudo muito rápido mesmo. Bebedocinha já tinha nascido quando a medica chegou. Ela está ótima, tranquila e amanhã estarão em casa!

FELICIDADES a essa linda família que nasce!

BEM VINDA BEBE... quer dizer, JULIA MORGANA. Estamos loucos para conhecer sua carinha!!!

segunda-feira, setembro 15, 2008

Ela chegou

Minha mãe chegou ontem...... depois de MUITAS horas de viagem, ela chegou!!!!!!
So então deu pra perceber como estava com saudades!!! Fiz janta gostosa, conversamos MUITO, (incrivel como o telefone e o msn não dão conta do recado) e deixei ela dormir, porque afinal de contas a diferença de horario é mortal.
Não sem antes ganhar uma mala INTEIRA de coisas de bebê!!!!!! Eu sò não entendi porque que todo mundo resolveu nos presentar com sapatos... hehehe
Gente com bom senso é outra historia né?? Fora a roupinha de sair do hospital (devidamente providenciada pela minha mãe) todas as outras roupinhas vieram em tamanho maior, o que vai permitir que ela use depois que crescer um pouco!! Porque eu e o marido compramos tudo pititinho.
Agora que a Bebedocinha vai ter que usar sapato na hora de tomar banho e até na hora de dormir pra dar conta de usar tudo antes do pé crescer!! heheheh

sábado, setembro 13, 2008

Ela vem

Alguém ai sabe de alguma edição de dicionàrio que precisa de fotos pra ilustrar as definições???
Não, porque pra definição de topeira digital, hoje não tem nada melhor do que eu pra representar viu.
Escrevi um post a mais de um mês contando o quanto estava feliz, pois deu certo da minha mãe vir pra cà....
Ai hoje estava procurando num sei o que nas postagens e percebi que ninguém comentou nada....Fui procurar.. cadê??
Sumiu, virou purpurina.
Mas é isso!! Ela vem, aliàs ela jà està chegando, chega aqui segunda-feira!!!!!
E se alguém ainda souber de algum dicionàrio que precisa de fotos, me indica.

terça-feira, maio 13, 2008

A maturidade da saudade

Eu nunca tive medo de envelhecer, pois sabia que junto com marcas de expressão, possíveis fios brancos e outras “coisitas mas” viria experiência e serenidade.
Cada dia que passa e que passou em minha vida, sinto que foi tão útil e tão válido e por mais que não tenha feito 865 coisas em apenas um dia, esse dia valeu a pena.
Eu acredito em idade mental. Conheço pessoas que tem 40 anos (às vezes até mais) com nenhum problema de mental ou físico, que tem o comportamento que se espera de uma criança ou um adolescente irresponsável. E em contrapartida pessoas que com 18 anos já fizeram muito mais do que os próprios pais.
Eu não me vejo em nenhum dos dois extremos. Apenas sinto que minha maturidade chegou bem antes do esperado, mas em doses homeopáticas. Comecei a trabalhar cedo e não parei. Demorou um pouco a descobrir do que gostava por isso demorou um pouco até entrar na faculdade, mas isso foi apenas um detalhe.
Na verdade eu nem sei por que to escrevendo isso tudo, porque a intenção foi falar a respeito de outra coisa, como diz o titulo do post.
Desde que mudei pra cá tenho aprendido a lidar com muita coisa que já havia passado no Brasil, mas em situações menos intensas e muitas que eu nunca imaginei viver. De tudo o que mais aperta é a saudade.
Com o tempo o contato com muita gente vai se resumindo ou mesmo sumindo, vezes por culpa minha e vezes por culpa da vida que nos impõe isso como parte da mudança. Até pouco tempo queria ver, abraçar, estar perto, conversar olhando nos olhos de algumas pessoas.... continuo querendo isso tudo, mas não tem como.
Domingo foi dia das mães e eu queria muito ter abraçado minha mãe e passado o dia com ela. Mas não fiquei infeliz, enviei um e-mail pra ela e depois chorei muito ao ver que ela gostou e me mandou de volta, fazendo das minhas palavras, palavras do meu bebêdocinho.
Conversamos rapidinho a noite e depois que eu deitei fiquei pensando no sentimento saudade. Percebo que estou aprendendo (mas que ainda não aprendi) a sentir saudade. Fico muito tempo ociosa por aqui e fico lembrando de tanta coisa boa que passou, mas não com o sentimento de querer aquilo de volta, ou sofrendo por estar distante, apenas me sentindo bem por ter boas lembranças.
Lembro que quando era pequena, ela vinha todo o dia me acordar. Me pegava no colo, e dizíamos uma coisa bem baixinha no ouvido uma da outra. Já quis muito voltar a ser criança, mas hoje eu só queria lembrar o que dizíamos, pois sinto que era algo que ela fazia com muito amor.
Me sinto muito melancólica e depressiva nesses últimos dias, preciso pensar, escrever e fazer coisas mais divertidas. Seria legal descobrir algo divertido pra se fazer aqui.

domingo, maio 11, 2008

Para minha mãe

Eu pensei em tanta coisa pra dizer hoje, mesmo sabendo que só tem um dia no ano pra comemorar algo que é feito todo dia.
A minha mãe sempre foi mãe todo dia. Nunca tirou férias de mim nem da minha irmã. Desde pequenininha tenho uma ligação muito forte com ela, pois passamos por muitos obstáculos juntas, e sempre uma apoiando a outra. Desde quando eu ainda estava dentro da barriga dela nos já conversávamos e já tínhamos uma relação de confiança.
Passamos tempestades de chuva e de calor, passamos por coisas boas e muitas coisas ruins; nunca tivemos muito conforto material, pelo contrário, a coisa sempre foi bem apertada. Nunca passamos fome, mas já tivemos várias noites à luz de velas, dias de banhos bem curtinhos e longas caminhadas a pé para chegar ao hospital a noite, normalmente comigo. Mas lembro que amor e dedicação nunca faltaram.
Com ela eu aprendi a ter valores e sempre tive bons exemplos. O que mais está presente é o de força e determinação, seguido de honestidade e fé. Sempre a vi lutando, correndo em busca de um lugar ao sol, mas não é aquele lugar no sol onde se queima a pele. E aquele lugar onde se está no sol, mas com uma sombrinha fresquinha, um ventinho tranqüilo.
Se hoje eu sou o que sou, foi porque ao contrário de muitos filhos que não querem se parecer com os pais, eu sempre quis parecer com minha mãe. Sempre procurei seguir seus passos e aprender seus exemplos. Pois sabia que se assim fizesse teria chances de ser feliz e ter sucesso.
Na minha vida muitas mudanças foram impostas, mas muitas delas me foram apresentadas, para que eu pudesse escolher. E desde pequenininha eu aprendi com ela, que as escolhas que temos que fazer, devem ser feitas por nos mesmos. Ela sempre me aconselhou e me indicou a diferença dos vàrios caminhos, mas sempre deixou claro que a decisão seria minha, mas também que me apoiaria independente do que escolhesse.
E dessa maneira eu segui sempre buscando o melhor quando tinha a possibilidade de decidir, e sempre aceitando o que viria pela frente.
Juntas sempre nos entendemos, com horas conversando ou muitas vezes um simples olhar, um pequeno comentário servia para que pudéssemos saber que poderíamos sempre uma ajudar a outra.
Estamos longe, mas ela está dentro do meu coração, e se eu puder ser a metade da mãe que ela foi pra mim pro bebêdocinho que ainda está dentro da minha barriga, acredito que ele será uma boa pessoa e eu serei uma mãe realizada!
Hoje eu quero somente agradecê-la por ter sido e ser mãe por todos os dias e amiga na hora que precisou e que precisa.

terça-feira, maio 06, 2008

Amigas

Desde que me mudei pra cá percebi que tudo muda junto. Eu mudei não só de endereço como também a maneira de ver o mundo e mais ainda a forma como me posiciono em relação às coisas. O que antes interessava já não tem mais graça ou importância e coisas que antes eram absurdamente desnecessárias ou sem valor passaram a fazer parte do dia a dia.
Com isso o contato com muitas pessoas diminuiu ou acabou. Mesmo com a Santa Internet, facilitando a vida, não tem como.
A cada vez que vamos ai Brasil, acontecem coisas que nem sempre estão ao nosso alcance de modificá-las. Por mais que eu queira ver um monte de gente, passar um mega tempo batendo papo com as amigas, ficar de bobeira fofocando e conversando coisas banais, também não tem como.
O Marido não conhece quase ninguém, não tenho como falar pra ele: “vou ao clube da luluzinha”, fica ai que já volto. Ele conhece algumas pessoas do meu convívio, mas são os meus amigos, a minha família, por mais que todos gostem muito dele, preciso dar atenção a ele, traduzir qualquer coisa, ajudar com algo que pra nos que estamos lá é simples, mas pra ele não. Sem contar que aqui ele nunca me deixou sozinha e falou: vou ali com algum amigo fica ai com minha amiga, ou coisa parecida.
Com isso quando estou na terrinha, tenho que me virar em atenção para todos. Nunca tive muito problema com conciliar namoro e família ou amizade, pois meus raros namoros foram tão raros que nunca interferiram em nada.
Quando eu considero uma pessoa amiga é porque tenho carinho especial por essa pessoa que normalmente se estende pela família quando é possível o contato. Quero que a pessoa e a família estejam bem e caso não seja possível isso que ela tenha forças pra superar as dificuldades naturais que a vida nos impõe. Então mesmo que eu não consiga dar a atenção necessária a cada um, estão dentro do meu coração e fazem parte do meu circulo de energias positivas.
Dessa maneira, o contato com muitos vai se perdendo a cada ida pro Brasil e volta para a França. Alguns não entendem o que acontece e prefere tomar conclusões próprias por mais que eu tente explicar ou apenas me desculpar pelas faltas. Além de tudo ainda tem o fuso horário.
Meu post de hoje é em agradecimento a boa vontade e imensa compreensão de algumas poucas amigas que tem paciência pra entender as tantas mudanças que aconteceram comigo e ainda ouvir minha ladainha de dona de casa, esposa, futura mamãe, expert em desastres culinários e outros!
Nem todas vão ler esse post, pois sei que são mulheres ocupadíssimas para isso. Trabalham, estudam, tem marido, filhos, problemas e algumas tem até cachorro. Mais quero também agradecer ao Papai do Céu por tê-las dentro do coração, que elas não se esqueçam que a amiga desnaturada aqui torce por todas, todos os dias mesmo estando tão longe e agradecer pelas novas amizades que estou fazendo através do blog, pois quando estou mais triste sempre aparece um anjo deixar um recado que me fazem tão bem!

quinta-feira, abril 17, 2008

A Tarde do Meu Casamento. Salão, Casa de Noivas.....

Vou me ater, pelo menos tentar, contar apenas o dia do casamento.
O celular começou tocando bem cedo, pra deixar claro que iria gritar o dia todo. Era a moça do salão onde eu me arrumaria adiantando meu horário em meia hora. A questão era que eu já havia me programado e essa meia horinha fazia parte do tempo de sono e eu já tinha “gastado” ela dormindo.
Ou seja: a depilação foi pro sal. O Docinho já estava sem lugar desde o início da semana, pois o que ele ficaria fazendo a tarde toda. Compramos um chip local pro celular dele, para nos comunicarmos e ele ir buscar os amigos quando chegassem, pois eles tinham somente o meu número. Fizemos algumas outras coisas que eu não me lembro o que, e quando vi já passava da hora de ir pro salão.
Correria total. Almoço as pressas, bolsa organizada as pressas, lanche esquecido (vai saber se esse povo de salão da uma bolachinha pra gente num morrer de fome), dinheiro pra pagar o salão também esquecido é ate então sem a menor noção de quem iria me levar do salão pra casa de noivas e de lá pra igreja.
Três da tarde, eu lá no meio de algum daqueles procedimentos de beleza, que nem faço idéia de qual, pois eu normalmente não vou a salão fazer nada, depois conto o motivo, me ligam da igreja pra saber o telefone da decoradora pois até então ela não havia aparecido e eles fechavam lá as 5 horas.
- Eu mato ela, eu sabia, o Docinho falou pra procurar outra!
- Calma você não pode ficar estressada!
- Eu não estou estressada, só estou com meu lado negativo totalmente aflorado, com uma crescente vontade de cometer um “decoricídio” (homicídio de decoradora).
- Mas você não pode ficar nervosa!
- Mas eu só quero matar ela!
- Respira, nos vamos ligar pra ela e tudo vai dar certo!
Nisso o celular já explodindo de outra ligação. Os amigos do Docinho avisando que chegaram à cidade.
- Salut......bonjour...... ça va...... ( aperto a tecla SAP e vamos direto pra tradução simultânea)
- Onde você estão?
- Não sei, vou ver e te ligo de novo.
2 min depois.
- Estamos numa rua grande, movimentada.....
Faço cara de “paisagem” e lembro do conselho acima: RESPIRA.
- Tem algo na rua, alguma loja grande, alguma placa?
- Ah, vou procurar.
- Eu espero! (com duplo sentido)
- Estamos na Avenida X entre o Carrefour e o McDonald’s.
- De mais uma olhadinha e me fala exatamente em frente onde. (Impossível estar entre os dois lugares).
- Entre o hotel Y e o McDonald’s.
- Tudo bem, vou ligar pro Docinho e ele já chega ai.
2 horas depois, depois de umas 30 ligações eu-Docinho, Docinho-eu e umas 30 tentativas pro amigo, consigo falar com o amigo francês que tenta arranhar o português, pois até então não havia sido encontrado, descubro que ele está dentro do hotel Y.
Graças a Deus esqueci da decoradora, mesmo porque já tinha até passado de hora da igreja fechar, mas meu subconsciente me lembrava que ela ia aprontar.
Eram 6 da tarde fui liberada pra ir pra casa de noivas, olhava no espelho e não me reconhecia, mas me sentia bonita. E se alguém fizer algum comentario do tipo: toda noiva é bonita... eu mato.
Meu tio quem foi me buscar. Mesmo grávida de 3 meses, barriga eu quase não tenho, mas seios... Me sinto a própria siliconada. O vestido não ficou exatamente o que eu esperava, mas a essa altura dos acontecimentos, estava tudo bem.
No meio da sessão de fotos, começo a enjoar por conta do cheiro do buquê, quando escolhi a vaca da decoradora não me lembrou da flor exalar tanto cheiro. Pausa. Fotógrafo 1, fotógrafo 2, mocinha do flash, todos sentados esperando a noiva mamãe comer e fazer o gosto do Docinho Baby, que estava amando ou odiando tudo aquilo.
Ao contrário do que eu programei cheguei um pouco atrasada, tentei o máximo que pude ser pontual.
Depois eu conto daí pra frente, vou ter que fazer o gosto do Docinho Baby e levantar um pouco, pois ficar sentada por muito tempo já não anda sendo tão agradável.

domingo, março 09, 2008

Terrinha, estamos chegando!

Acho que uma coisa que eu sei bem é disfarçar a ansiedade. Graças a Deus amanhã bem cedinho vamos pra terrinha e pra tudo ficar perfeito vamos sair amanhã e chegar amanha também. Da outra vez foram dois dias e duas noites até conseguir chegar lá.
Inventamos de ir de trem até Madrid, (nunca vi a frase "o barato que sai caro" poder ser tão bem aplicada) o que nos fez sair de casa as 18:00 do domingo e só chegar lá as 8:00 da segunda-feira. Nosso vôo era pela Air Europa e só chega ao Rio ou em Salvador. Chegamos ao Rio as 22:00 da segunda e só havia vôos pra São Paulo no dia seguinte. E vôo pra Uberlândia só depois do almoço. Resumindo, saímos de casa às 5 da tarde do domingo e só chegamos ao destino final às 2 horas da tarde de terça feira.
Por mais que todas as vezes que viajo tenho a comum sensação de que esqueci algo. Mas não faço malas com dias de antecedência. Vê-las ali esperando me deixa mais angustiada do que pensar que tenho que fazê-las.
Falta menos de 24 horas pra sair voando daqui, o que me deixa feliz. Ver minha mãe, minhas amigas, sentir calorzinho sem ser culpa do aquecedor, comprar roupa colorida, comer coisa gostosa.... nossa, nem acredito que é amanhã!!
Minha lista de coisas pra comer, comprar e fazer está pronta tem quase 3 semanas já. Não quero chegar aqui e pensar que esqueci de fazer qualquer coisinha que seja!!
Não posso reclamar, longe de mim querer fazer isso, tenho pouco a me queixar daqui, pois estou tentando me adaptar e não esquecer de que as coisas são diferentes em cada lugar. Principalmente porque não faz nem seis meses que fomos lá. Mas é muito gostosa a sensação de pensar que estarei longe daqui.
Das coisas que eu planejei pra fazer hoje, não fiz nada ainda, acho que isso é porque já estou prevendo outra insônia. Essa é minha maneira sutil de demonstrar ansiedade. Minha sorte que o Docinho dorme numa facilidade que eu invejo. Deita e se num falar boa noite rapidinho eu fico falando sozinha.
Se brincar ainda encontro tempo pra escrever mais coisas hoje. Desde que comecei a escrever no blog tenho me sentido mais leve. As coisas que não falo, expresso aqui e depois sinto até alívio. Dei o endereço pra poucas pessoas, mesmo porque quero contar algumas coisas pessoalmente, como a gravidez por exemplo.
Estou muito feliz por ver que tem pessoas encontrando e deixando suas marquinhas. No fundo nunca pensei que alguém fosse se interessar nas minhas desorientações.

terça-feira, março 04, 2008

A volta dos que não foram

Primeiro quero deixar registrado que não penso isso de todos.... só da grande e esmagadora maioria.
Estava eu aqui, em meus não raros momentos de extrema ociosidade e comecei a fazer umas estatísticas e percebi que um monte de irmãos “menores” que nem sempre são os menores, são sinônimo de problema a vista.
O irmão mais novo da minha avó pintou e bordou a vida inteira depois se mudou pro Mato Grosso e trocou de nome.
O da vizinha alterou um cheque dela, e ao invés de tirar 80 reais do banco tirou 8 mil.... ela teve que vender o carro pra cobrir a conta.
A irmã de um coleguinha de infância meu, crente, com a família fervorosa, engravidou aos 14 anos e o irmão quase teve um enfarto. E olha que o coleguinha irmão só tinha 16 anos.
Uma outra irmã mais nova engravidou pela segunda vez do namorado que igual ela não trabalhava, quase bateu na irmã quando ela justificava pra alguém que a gravidez foi acidente.
O irmão mais novo da minha mãe bebia e aprontava tanto que a mínima dele foi ficar noivo de uma moça de uns 18 anos, sendo que ele já era casado e ainda estava casado.
A irmã de uma amiga minha enche a cara de maconha e cachaça e vai na casa da mãe pagar de gatinha e querer extorquir a irmã.
A minha irmã..... a deixa isso pra lá..... pra que falar de mais gente problemática???

domingo, fevereiro 17, 2008

Saudade, muita saudade

Cada dia que passa tenho a sensação de que as pessoas estão se afastando de mim. Enquanto morava no Brasil, estava sempre rodeada de gente, coisa que não é pra menos, fazia duas faculdades, trabalhava e ainda fazia aula de dança. Sem contar que estava em praticamente todas as festas que apareciam durante o período.
Como mudei minha vida radicalmente, grande parte das pessoas que estavam próximas se afastaram. Um pouco porque eu fiz isso, pois uma coisa é ser solteira, morar com a mãe e não ter hora pra chegar, outra é estar casada, habitando um lugar onde às vezes nem eu me reconheço.
Reduzi meu orkut e MSN pela metade, pois não tenho muita paciência pro comum e inútil recadinho: oi, to passando pra deixar um beijo, saber se esta tudo bem e desejar um bom fds. Não necessariamente nessa mesma ordem. Mas depois que troquei a estação, estou evitando dar muita satisfação a muita gente.
Mas quem eu quero próximo também tem suas vidas e consequentemente não tem todo o tempo do mundo pra mim. As meninas estão as duas trabalhando, minha mãe como sempre trabalhando muito, fofs namorando, não passa mais o dia e a noite no MSN, lorão na mesma, aparece só quando não estou ou já estou saindo.
Minha irmã as vezes, mas do durante a tarde. Falo com o Gu quando ele num está correndo pra organizar a vidinha gracinha dele, Alê normalmente off-line e sempre correndo, se não falar muito rápido fico falando sozinha.
Tem dias que dá umas agonias dentro de casa, ainda mais agora que to devagar quase parando... (depois comento o porquê). Minha sorte é que o docinho tem mais paciência comigo do que eu mesma.
A questão é que não são as pessoas que estão distantes, eu que estou muito longe de todos. Eu sei que rápido eu me acostumo, que depois fica tudo mais fácil, espero que sim, porque sinto muita falta de muita coisa.
Graças ao Bom Deus eu sou feliz aqui e sou feliz com o docinho, nos damos super bem e nos amamos, como diz ele: bastante!